sexta-feira, 4 de junho de 2010

A aprendizagem por e-learning

Com a crescente oferta, nas últimas três décadas, do uso do computador para fins educativos, o papel do professor torna-se centro de discussões a cerca do processo de ensino-aprendizagem. Alguns pedagogos discorrem sobre este processo, conceituando-o “Ensinar é fazer com que os estudantes pensem”. (Kenneth Eble 1994 / a reflexão na ação em que Shon (1983) sublinha a importância de levar o estudante a refletir partir da prática docente ou ainda o ensinar enquanto incentivo a autonomia de cada indivíduo, segundo Freire / 1996).
Neste Sistema Educacional mediado pelo computador, torna-se necessária uma nova prática educacional, pois diferente do ensino presencial os limite geográficos e temporais quase inexistem. Portanto, esta modalidade requer técnicas de ensino que se adéqüem a ela e, ainda, sugere uma reflexão sobre o papel do professor neste Sistema.
Dentro destas questões o professor Lúcio Teles realizou uma pesquisa nos centros de Excelência em tele aprendizagem, consórcio de várias universidades, empresas e governos provinciais e federal no Canadá sobre ambientes on-line, com o propósito de expandir o uso do ensino on-line.
É comum conceituar a aprendizagem virtual como colaborativa, mas na verdade ela não é, uma vez que o professor a partir do planejamento de sua disciplina, tem o papel preponderante ativo e gerencia a sala de aula virtual, sendo seu papel determinante no grau de aprendizagem dos alunos.
Partindo destas premissas Lucio Teles escolheu, em sua pesquisa na Universidade de Linon Franser disciplinas onde a participação dos estudantes nas tarefas de aprendizagem era significativa, bem como em sua avaliação final. Esta pesquisa foi pautada em quatro categorias de funções: pedagógica, gerenciamento, suporte técnico e suporte social, sendo transcritos e codificados os atos dos professores.
Nesta pesquisa foi possível observar que as postagens dos professores continham mais códigos pedagógicos e de gerenciamento do que técnicos e sociais. Verificou-se ainda, que a demanda de estudantes aumentou, mas a postagem dos professores permaneceu constante.

Ambientes colaborativos on-line
Dentre as várias características das salas de aula colaborativas on-line, Warschauer (1997) e Harasim et al (2005) destacam:
a) A combinação entre grupos, ex: aluno – aluno
b) A inexistência de barreiras temporais e/ou geográficas, o que facilita seu desenvolvimento no que tange a reflexão crítica.
c) A interação via computador desenvolve a capacidade organizacional na exposição de idéias, uma vez que estas têm de ser na forma escrita e de forma inteligível.

Estas características induzem a uma mudança no cenário do ensino tradicional, pois se no presencial o centro é o professor que domina maior parte do tempo de aula com suas palestras expositivas, no ensino on-line o espaço é colaborativo e, portanto, os alunos postam bem mais mensagens do que o professor, o que nos remete a um novo papel do professor.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

O Moodle como AVA - Ambiente Virtual de Aprendizado

O Moodle ou Modular Object Oriented Dynamic Learning Enviroment (Objeto direcionado ao Ambiente de Aprendizagem dinâmico) é uma excelente ferramenta e pode ser uma grande aliada dos professores no processo de ensino-aprendizagem. Pode ser utilizada em paralelo com a educação presencial, sendo mais um instrumento de motivação para os estudantes ou pode ser a base para a modalidade de ensino a distância.
Potencializa a educação colaborativa já que permite a construção de chats, fóruns, wikis etc. Sendo compatível também com o padrão SCORM, sendo possível utilizar modelos de cursos on line já prontos.

Saiba um pouco mais sobre esta ferramenta e de como utilizá-la nos links abaixo:

http://www.youtube.com/watch?v=lptxP6v-RjA

http://www.youtube.com/watch?v=eSpYULeSVUA&feature=related

O Tutor e a EAD: Competências e habilidades necessárias

Diante da competitividade do mercado atual, em que a falta qualificação se torna cada vez mais fator excludente para a sociedade, a EAD vem sublinhando de forma acentuada seu papel imprescindível enquanto democratização da Educação. Diante deste cenário, qual é o perfil do profissional que é o responsável pelo contato humano no processo de ensino-aprendizagem?
No texto de natureza estudo – cientifico: Competências Fundamentais ao Tutor de Ensino a Distância de Maio de 2008, os autores explicitam o papel relevante do Tutor do Ensino a Distância. Abordando as principais características subjetivas, suas habilidades e competências necessárias.

Saiba mais em:

http://www.slideshare.net/Chayana/cdocuments-and-settingschayanadesktopps-graduaoo-tutor-e-a-ead-competncias-e-habilidades-necessrias-ppt

terça-feira, 18 de maio de 2010

A história da EaD no mundo

Seja no aperfeiçoamento de técnicas para soldados da Segunda Guerra Mundial, seja como subsídio para a reconstrução de uma sociedade como na União Soviética, a EaD vem abrangendo da educação infantil na Nova Zelândia à referência em educação universitária do Reino Unido. O objetivo da Educação a Distância é comum a qualquer país, faixa etária e nível de ensino, ou seja, a democratização da educação, conquistando a independência do tempo, custo ou distância geográfica, mas sempre com foco na qualidade e desenvolvimento.


Quer saber mais sobre este percurso da EaD no mundo? Aprecie o slide abaixo:


quarta-feira, 12 de maio de 2010

terça-feira, 11 de maio de 2010

As Instituições que tiveram relevância para a EAD no Brasil

Fase Inicial:

1904 – Escolas Internacionais

1923 – Rádio Sociedade do Rio de Janeiro


Fase Intermediária:

1939 – Instituto Monitor

1941 – Instituto Universal Brasileiro

1973 – UnB, no campo da Educação Superior



Fase Moderna:


1971 – ABT - Associação Brasileira de Teleducação. Responsável pela série de Seminários Brasileiros de Tecnologia Educacional e por editar a revista Tecnologia Educacional.

1973 – Ipae - Instituto de Pesquisas Avançadas em Educação

1980 – O parecer n° 891 possibilitou o oferecimento de 12 cursos de Pós-graduação Lato Sensu pela ABT.

1995 – Abed – Associação Brasileira de Educação a Distância


Por fim, num âmbito mais contemporâneo: A UFMG e a UFP.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

A EAD, seus pontos positivos e negativos: Uma questão de ponto de vista.

Por Chayana Leocádio




A EAD surge para atender as demandas que o ensino regular gradativamente, vem se tornando incapacitado ou insuficiente para preencher lacunas proeminentes do desenvolvimento sócio-econômico e da globalização, que necessitam de transposição como: barreiras geográficas - abrangendo da metrópole ao limite mais ermo campesino; temporais, em que se pode estudar no laboratório de informática do pólo matriculado, em seu palm nas horas que gasta-se no trânsito no deslocamento diário de casa para o trabalho, ou ainda, no computador de casa, enquanto a dona de casa aguarda o jantar que está no fogo ficar pronto. Além, é claro, do custo-benefício de profissionalizar-se ou atualizar-se a custos bem menores, por vezes chegando próximo do nulo. São estes os principais motivos para que esta modalidade de ensino venha se tornando cada vez mais difundida e procurada pela sociedade que precisa se adequar ao ritmo expresso em que vive.

Numa modalidade em que “o aluno é o exclusivo responsável pelo ritmo e realização de seus estudos” (ZAMORA, 1981, apud GARCIA ARETIO, 1987, p.58) a maturidade é a peça chave para sucesso na atividade, pois é papel do aluno dividir/planejar seu tempo/conteúdo, interagir com seu professor/tutor e trocar experiências com seus “colegas de turma” aproveitando ao máximo cada minuto dispensado nas atividades, primando pela qualidade no processo de absorção e compreensão do conteúdo proposto.

A sistematização de cada curso, com seu projeto prévio que inclui o trabalho e influência multidisciplinar de diversos profissionais é extremamente contributiva e conduz a EAD a excelência qualitativa, pois o que é feito não é feito na esfera privada da sala de aula, ou seja, só entre o professor e o aluno, mas sim dentro de um espaço público, envolvendo e estando visível não só para o corpo discente e docente, mas para todo o corpus da Instituição de Ensino.

Por outro lado, com o crescimento cada vez mais rápido e massivo das IES que adotam a EAD como modalidade de ensino, torna-se apreensiva a ótica de algumas IES adotam frente a esta modalidade, utilizando-a única e tão somente sob a “forma industrializada de ensinar e aprender” (Peters 1953), desconsiderando as complexidades que subjaz o processo de ensino-aprendizagem que, neste cenário, exige maior acuidade.

O professor por sua vez, deve atentar para a relevância da qualidade extrema que sua contribuição deve ter para com o aluno desta modalidade, não se deixando levar apenas pelo sentimento de desenvolvimento tecnológico-capitalista, mas sim acrescentar a isso sua atitude filosófica enquanto docente, pois já que etimologicamente educar significa “levar de um lugar para o outro”, não há maneira mais eficiente de se educar uma grande quantidade de pessoas simultaneamente do que a EAD.

Quem sou eu