segunda-feira, 26 de abril de 2010

A EAD, seus pontos positivos e negativos: Uma questão de ponto de vista.

Por Chayana Leocádio




A EAD surge para atender as demandas que o ensino regular gradativamente, vem se tornando incapacitado ou insuficiente para preencher lacunas proeminentes do desenvolvimento sócio-econômico e da globalização, que necessitam de transposição como: barreiras geográficas - abrangendo da metrópole ao limite mais ermo campesino; temporais, em que se pode estudar no laboratório de informática do pólo matriculado, em seu palm nas horas que gasta-se no trânsito no deslocamento diário de casa para o trabalho, ou ainda, no computador de casa, enquanto a dona de casa aguarda o jantar que está no fogo ficar pronto. Além, é claro, do custo-benefício de profissionalizar-se ou atualizar-se a custos bem menores, por vezes chegando próximo do nulo. São estes os principais motivos para que esta modalidade de ensino venha se tornando cada vez mais difundida e procurada pela sociedade que precisa se adequar ao ritmo expresso em que vive.

Numa modalidade em que “o aluno é o exclusivo responsável pelo ritmo e realização de seus estudos” (ZAMORA, 1981, apud GARCIA ARETIO, 1987, p.58) a maturidade é a peça chave para sucesso na atividade, pois é papel do aluno dividir/planejar seu tempo/conteúdo, interagir com seu professor/tutor e trocar experiências com seus “colegas de turma” aproveitando ao máximo cada minuto dispensado nas atividades, primando pela qualidade no processo de absorção e compreensão do conteúdo proposto.

A sistematização de cada curso, com seu projeto prévio que inclui o trabalho e influência multidisciplinar de diversos profissionais é extremamente contributiva e conduz a EAD a excelência qualitativa, pois o que é feito não é feito na esfera privada da sala de aula, ou seja, só entre o professor e o aluno, mas sim dentro de um espaço público, envolvendo e estando visível não só para o corpo discente e docente, mas para todo o corpus da Instituição de Ensino.

Por outro lado, com o crescimento cada vez mais rápido e massivo das IES que adotam a EAD como modalidade de ensino, torna-se apreensiva a ótica de algumas IES adotam frente a esta modalidade, utilizando-a única e tão somente sob a “forma industrializada de ensinar e aprender” (Peters 1953), desconsiderando as complexidades que subjaz o processo de ensino-aprendizagem que, neste cenário, exige maior acuidade.

O professor por sua vez, deve atentar para a relevância da qualidade extrema que sua contribuição deve ter para com o aluno desta modalidade, não se deixando levar apenas pelo sentimento de desenvolvimento tecnológico-capitalista, mas sim acrescentar a isso sua atitude filosófica enquanto docente, pois já que etimologicamente educar significa “levar de um lugar para o outro”, não há maneira mais eficiente de se educar uma grande quantidade de pessoas simultaneamente do que a EAD.

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